作词:José Carlos Ary dos Santos
作曲:Paulo De Carvalho
歌词
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O Homem Das Castanhas - Carlos Do Carmo
Written by:Paulo De Carvalho/José Carlos Ary dos Santos/Trova
Na praça da figueira
Ou no jardim da estrela
Num fogareiro aceso é que ele arde
Ao canto do outono à esquina do inverno
O homem das castanhas é eterno
Não tem eira nem beira nem guarida
E apregoa como um desafio
É um cartucho pardo a sua vida
E se não mata a fome mata o frio
Um carro que se empurra
Um chapéu esburacado
No peito uma castanha que não arde
Tem a chuva nos olhos e tem o ar cansado
O homem que apregoa ao fim da tarde
Ao pé dum candeeiro acaba o dia
Voz rouca com o travo da pobreza
Apregoa pedaços de alegria
E à noite vai dormir com a tristeza
Quem quer quentes e boas quentinhas
A estalarem cinzentas na brasa
Quem quer quentes e boas quentinhas
Quem compra leva mais calor p'ra casa
Quem quer quentes e boas quentinhas
A estalarem cinzentas na brasa
Quem quer quentes e boas quentinhas
Quem compra leva mais calor p'ra casa
A mágoa que transporta a miséria ambulante
Passeia na cidade o dia inteiro
É como se empurrasse o outono diante
É como se empurrasse o nevoeiro
Quem sabe a desventura do seu fado
Quem olha para o homem das castanhas
Nunca ninguém pensou que ali ao lado
Ardem no fogareiro dores tamanhas
Quem quer quentes e boas quentinhas
A estalarem cinzentas na brasa
Quem quer quentes e boas quentinhas
Quem compra leva mais amor p'ra casa
Quem quer quentes e boas quentinhas
A estalarem cinzentas na brasa
Quem quer quentes e boas quentinhas
Quem compra leva mais amor p'ra casa
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