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Capim de ribanceira - Almir Sater

É madrugada e eu na beira da estrada

A lua cheia minguada e de repente apareceu

Um cavaleiro de bota e chapéu de couro

Me lembrando um velho mouro

Lá fiquemo ele mais eu

Cruzou os pés arrapiou o seu cavalo

Dexou a rédea no talo de uma roseira sem flor

Diz que seguia pelo mundo solitário

E ia quebrando todo galho

Apartando toda dor

Quem n o ouviu falar

Quem n o quis conhecer

Aquele cavaleiro que vive pela fronteira

Divulgando a reza brava do capim de ribanceira

Aquele cavaleiro que vive pela fronteira

Divulgando a reza brava do capim de ribanceira

Enquanto o bule de café bulia a brasa da fogueira

Refletia o seu olhar eu pude ver

Que ele sabia coisa até do outro mundo

E essa noite eu fui aluno do seu estranho poder

Com sete ponta duma rama trepadera

E um ramo de avitera

O meu corpo ele toc

Naquele instante me bateu uma zonzera

E duma tosse cuspidera o velhinho me livr

E quem n o ouviu falar

Quem n o quis conhecer

Aquele cavaleiro que vive pela fronteira

Divulgando a reza brava do capim de ribanceira

Aquele cavaleiro que vive pela fronteira

Divulgando a reza brava do capim de ribanceira