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O Meu Coração (Live) - Anaquim
Written by:José Rebola
O meu coração é um viajante
Que se entrega num instante
Por ai a onde for
Acha que sabe bem o que eu preciso
Prendese a qualquer sorriso
Sem motivos de maior
O meu coração é inocente
Pensa que a vida é um mar de rosas
Mas eu que vi espinhos em toda a gente
Afasto essas certezas duvidosas
O meu coração é um bicho muito estranho
Que se esconde e não responde a quem chamar
Alérgico ao exterior vive na toca
Onde se esconde e sufoca por não ver entrar o ar
O meu coração vive trancado
Diz que atirou a chave ao mar
E eu que a procurei por todo o lado
Só me resta assim continuar
Coração triste
Não me arrastes em teu passo
Meu corpo insiste em decidir o que faço
Se eu vir que sim tu diz que não
Eu vou bem sem coração
Entre o morrer de amor e viver nesta prisão
Coração louco
Não me imponhas o teu vicio
Que a pouco e pouco vou cedendo ao sacrifício
É que eu sei bem que se acordares
E procurares por ai
Encontras outro coração para ti
O meu coração é uma criança
Ansiosa pela dança de quem lhe estender a mão
Mas este é caprichoso inclusivo
Analista compulsivo que não chega à conclusão
O meu coração segue as novelas
Jubila com as falas das atrizes
O meu carrega histórias de mazelas
E afastase desses finais felizes
Coração triste
Não me arrastes em teu passo
Meu corpo insiste em decidir o que faço
Se eu vir que sim tu diz que não
Eu vou bem sem coração
Entre o morrer de amor e viver nesta prisão
Coração louco
Não me imponhas o teu vicio
Que a pouco e pouco vou cedendo ao sacrifício
É que eu sei bem que se acordares
E procurares por ai
Encontras outro coração para ti
Falei primeiro a bem por ser assunto de respeito
Mas não me deu ouvidos prosseguiu naquele jeito
Mudei para as ameaças
Tentei que usasse a razão
Mas é palavra estranha pro meu pobre coração
Farta desses maus tratos fiz as malas e parti
E logo te encontrei com o mesmo modo que eu sofri
A mesma frustração
A mesma pose o mesmo olhar
E em teu toque senti no meu corpo outro pulsar
Juntos rimos de tudo
Só choramos nas novelas
Fingimos ser crianças e dançamos como elas
Perdemos noite e dia e entre histórias e canções
Juntamos nomes gostos e moradas
E quase sem dar por nada
Encontramos corações
Coração triste
Não me arrastes em teu passo
Meu corpo insiste em decidir o que faço
Se eu vir que sim tu diz que não
Eu vou bem sem coração
Entre o morrer de amor e viver nesta prisão
Coração louco
Não me imponhas o teu vicio
Que a pouco e pouco vou cedendo ao sacrifício
É que eu sei bem que se acordares
E procurares por ai
Encontras outro coração para ti
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