Guardanapos De Papel (Biromes Y Servilletas) (Ao Vivo)

作词:佚名

作曲:Leo Masliah

所属专辑:Deus No Esconderijo Do Verso (Ao Vivo)

歌词

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Guardanapos de Papel (Biromes y Servilletas) (Ao Vivo) - Padre Fábio de Melo

Na minha cidade tem poetas poetas

Que chegam sem tambores nem trombetas

Trombetas e sempre aparecem quando

Menos aguardados guardados guardados

Entre livros e sapatos em baús empoeirados

Saem de recônditos lugares nos ares nos ares

Onde vivem com seus pares seus pares

Seus pares e convivem com fantasmas

Multicores de cores de cores

Que te pintam as olheiras

E te pedem que não chores

Suas ilusões são repartidas partidas

Partidas entre mortos e feridas feridas

Feridas mas resistem com palavras

Confundidas fundidas fundidas

Ao seu triste passo lento

Pelas ruas e avenidas

Não desejam glorias nem medalhas medalhas

Medalhas se contentam

Com migalhas migalhas migalhas

De canções e brincadeiras com seus

Versos dispersos dispersos

Obcecados pela busca de tesouros submersos

Fazem quatrocentos mil projetos

Projetos projetos que jamais são

Alcançados cansados cansados nada disso

Importa enquanto eles escrevem escrevem

Escrevem o que sabem que não sabem

E o que dizem que não devem

Andam pelas ruas os poetas poetas poetas

Como se fossem cometas cometas cometas

Num estranho céu de estrelas idiotas

E outras e outras

Cujo brilho sem barulho

Veste suas caudas tortas

Na minha cidade tem canetas canetas canetas

Esvaindo se em milhares milhares milhares

De palavras retrocedendo se confusas confusas

Confusas em delgados guardanapos

Feito moscas inconclusas

Andam pelas ruas escrevendo e vendo e vendo

Que eles vêem nos vão dizendo dizendo

E sendo eles poetas de verdade

Enquanto espiam e piram e piram

Não se cansam de falar

Do que eles juram que não viram

Olham para o céu esses poetas poetas poetas

Como se fossem lunetas lunetas lunáticas

Lançadas ao espaço e ao mundo inteiro

Inteiro inteiro fossem vendo pra

Depois voltar

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